Jonathan Balotelli, atacante do Pesqueira, está vivendo um dos melhores momentos de sua carreira profissional. O jogador está próximo de fechar com o Santa Cruz.
Por Fernanda Durão
Um dos destaques do campeonato Pernambucano de Futebol Coca-Cola 2013 não joga em nenhum dos três times da capital pernambucana, muito menos vai disputar, a partir deste domingo (21), o quadrangular final do estadual. Jonathan Balotelli é atacante do Pesqueira Futebol Clube. Apesar da boa fase do jogador, o time segue na 5ª posição e briga com mais sete times para não ser rebaixado para a Série A2.
(Foto: Guga Matos/JC Imagem)
Mas como todo o foco e a atenção dos últimos dias são para ele, vamos falar dele, Jonathan Balotelli, 24 anos, vem se destacando no estadual pela velocidade em campo e pelos seus gols, até o momento, são oito feitos pelo Pernambucano. Em apenas um jogo o atacante marcou três vezes, na vitória do Petrolina sobre o Central, por 3 x 2, no dia 31 de março. Ele conta que já foi sondado por times da capital pernambucana. “Soube do interesse do Sport, mas o único clube que eu conversei foi o Santa Cruz. No Sport eu não cheguei a me reunir com ninguém. A reunião no Santa foi com o presidente do clube, Antonio Luiz Neto, e com o diretor de futebol Constantino Júnior”, disse. “Está quase tudo certo para que eu fique no Arruda só falta acertar alguns detalhes”, completou.
O atacante que, antes de jogar no Águia do Agreste, atuava pelo Vitória de Santo Antão diz estar passando por um dos melhores momentos de sua carreira. “Me sinto muito feliz pela disputa dos clubes pela minha contratação. As pessoas estão reconhecendo meu trabalho, tive muita dificuldade no começo. Muitas pessoas não acreditavam no meu trabalho. Mas Deus sabe de todas as coisas e graças a ele tudo está dando certo. Espero que no octogonal eu possa ajudar ainda mais a minha equipe”, disse. Porém, como nem tudo são flores, Balotelli disse que já passou por muitas dificuldades como jogador. “O que me desanimou no início foi a falta de empresário, às vezes eu chegava aos clubes me destacava, mas não era contratado porque não tinha empresário, e ninguém para me ajudar. “Agora que venho me destacando está aparecendo muita gente querendo ser meu empresário, mas estou analisando com cuidado. “Tenho que observar tudo porque tem muita coisa negativa no futebol”, informou.
Sobre o apelido “Balotelli”, o carioca, da cidade de Macaé, explicou. “Esse nome surgiu através dos meus amigos aqui no clube. Antes de começar o campeonato eu falei que ia fazer um corte diferente, que ia misturar Balotelli com Neymar, aí coloquei o moicano do Neymar e pintei de loiro para ficar parecendo com o atacante italiano Balotelli”.
O jogador conta um pouco sobre sua trajetória no futebol e como foi feito o convite para jogar em Pernambuco. “Iniciei minha carreira como atleta profissional em 2011, no Carapebus, time do interior do Rio de Janeiro. Joguei a Série C lá, o time conseguiu o acesso para a Série B do campeonato Carioca, mas o clube passou por alguns problemas financeiros e não havia mais condições de continuar jogando lá. Depois recebi uma proposta do Friburguense, onde passei três meses só treinando e aguardando outras propostas, aí fui convidado para jogar no Vitória de Santo Antão pela Série A2 do pernambucano, fiquei quatro meses no time. E acabei sendo chamado para atuar pelo Pesqueira, onde estou hoje”. Jonathan ainda falou sobre como surgiu o convite para defender a Águia do Agreste. “Eu estava disputando a segunda divisão do estadual pelo Vitória, em um jogo contra o Pesqueira eu me destaquei, aí os dirigentes do clube gostaram do meu trabalho e me ligaram fazendo uma proposta”, explicou.
Ele diz ter aprendido muita coisa na Águia do Agreste. “Apesar das dificuldades que nós (jogadores) passamos aqui, somos muito unidos, sempre arrumamos uma forma de nos descontrair. É um grupo fechado e muito unido”, disse.
Jonathan recorda com carinho do técnico Luciano Lanovlia, que foi seu primeiro treinador, no Carapebus. “Ele sempre acreditou no meu potencial, foi um exemplo de vida para nós (atletas), fez muitas coisas pela gente. Ele sempre confiou no time falava que a gente devia sempre dar o nosso melhor dentro de campo que um dia iria aparecer algo melhor”, finalizou.
PALAVRA DE TREINADOR
O técnico do Pesqueira, Humberto Santos, destacou alguns pontos fortes do atacante. “Ele é um atleta que, apesar de jovem, tem muita força e velocidade o que é um ponto ideal para um atacante de alto nível. Tenho certeza que se ele tiver a oportunidade de jogar em uma equipe que tenha uma estrutura melhor que a nossa ele vai crescer muito no futebol. Ele é um atleta que se sobressai quando joga contra as equipes grandes”, disse.
FPF/PE